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Educando é que se aprende, aprendendo é que se educa

por Talissa Monteiro – Jornalista e Ex Aluna IEPR

Desde 2019, o dia 24 de janeiro é considerado pela ONU como o Dia Internacional da Educação, proclamada para fortalecer a importância desta na construção da paz mundial. Em 2020 vivemos no Brasil uma situação ainda desconhecida para as últimas gerações: o fechamento das escolas. Refiro-me ao ineditismo para os brasileiros porque, apesar da crise do coronavírus ter atingido o mundo todo, outros países vivenciam com frequência o fechamento de suas escolas devido aos contextos de guerra e outras situações de vulnerabilidade.

Em 2014, eu estava em um campo de refugiados em Uganda, que recebia todos os dias cerca de mil pessoas vindas do Sudão do Sul. Por lá, uma guerra civil obrigava-as a deixarem suas casas. Com sorte, chegavam vivas até o local onde eu estava. Conversando com jovens e crianças, a maioria compartilhava o mesmo sonho que o conflito tinha interrompido: estudar. Para eles, a escola era o local de possibilidades, onde podiam imaginar futuros e sonhar com dias melhores. Isso me surpreendeu e me fez perceber que a educação é a liga que une presente e futuro. É a ponte que atravessamos para chegar onde queremos. É a chance que temos para nos tornarmos aquilo que queremos ser.

Quando falo aqui de educação, não me refiro apenas à formal entre quatro paredes, mas sim ao fato de aprender, sejam as ciências ou a empatia, dentro de salas de aulas ou no meio de um parque. Há tantos modelos possíveis quanto pessoas querendo o conhecimento. Se cada ser é um universo, as formas de aprender serão sempre diversas. A educação é um dos principais meios pelo qual os princípios que regem a ética de uma sociedade são transmitidos. É necessária para fortalecer tais valores ou repensá-los na construção de um mundo melhor.

A desvalorização da ciência no Brasil, no entanto, por governos e sociedade civil, é um termômetro da prioridade que a educação tem no nosso país. Agora ainda vivemos tempos de notícias falsas, cortes de bolsas públicas, boicote à produção científica e sucateamento da educação pública. Cobrar que os governantes priorizem a educação é fundamental, mas também é preciso nos enxergar como porta-vozes dela. É preciso defender a ciência e seus cientistas, ainda que ela seja passível de críticas; o direito de todos estudarem e a igualdade entre os estudantes, independente de sua classe social. É preciso valorizar os professores. Eles estão, junto com cada um de nós, construindo o mundo que queremos.

Para nos inspirar, termino com uma costura minha e de Paulo Freire, um daqueles que nunca deixou de amar a educação e lutar por ela. Diz ele que “ninguém nasce feito, mas experimentando-nos no mundo é que nos fazemos”. É o professor, mas são também as árvores, os pássaros e o sofrimento que nos fazem. São as experiências que nos conectam, somos nós mesmos que “nos educamos, mediatizados pelo mundo”. Como o mestre bem lembra, “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Antes de aprendermos o alfabeto, aprendemos que o sorriso de nossa mãe é um bom sinal. Somos todos educadores. Mas Freire não esquecia que antes de ser um, era preciso ser gente, porque educação é possibilidade de mundo novo, é anúncio de que podemos ser melhores, é meio para os tantos sonhos que carregamos.

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